Manejo nutricional de peixes – Parte 1 – Os carboidratos
Os carboidratos representam o grupo de nutrientes mais controverso na alimentação de peixes, uma vez que estes não expressam deficiências e sintomas carenciais evidentes quando submetidos a dietas isentas deste nutriente.
Os peixes, de uma forma geral, não apresentam um requerimento específico de carboidratos na dieta. Porém, algumas espécies exibem uma redução moderada na taxa de crescimento quando alimentadas com dietas livres de carboidratos. Assim, o nível de carboidratos na dieta, considerado ótimo, é muito variável, com valores entre 7 e 20%, dependendo, principalmente, do hábito alimentar de cada espécie.
Quando comparados a outras fontes energéticas, os carboidratos são menos onerosos, e dentre os mais utilizados pelos animais está o amido.
Entretanto, o aproveitamento deste polissacarídeo pelos peixes é bastante contraditório.
Atualmente muitos fabricantes fazem uso de milho na formulação de suas rações, que é uma fonte de amido, porém, normalmente, recomenda-se seu processamento térmico, de modo a promover sua gelatinização e melhorar, assim, sua digestibilidade.
Um tema bastante atual na nutrição de peixes carnívoros e onívoros, e que vem de encontro à necessidade de se reduzir o custo de produção dos mesmos, diz respeito ao efeito poupador de proteína, que consiste em atender as exigências energéticas dos peixes via carboidratos e/ou lipídios, e não via proteínas, diminuindo assim, a gliconeogênese e a oxidação dos aminoácidos.
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Referências:
Paula Adriane Perez Ribeiro – Escola de Veterinária/Departamento de Zootecnia – UFMG
Daniela Chemim de Melo – Escola de Veterinária/Departamento de Zootecnia – UFMG
Leandro Santos Costa – Departamento de Zootecnia – UFLA
Edgar de Alencar Teixeira – Escola de Veterinária/Departamento de Zootecnia – UFMG