O branqueamento dos corais

O branqueamento dos corais

Janeiro 24, 2024 0 Por admin

O branqueamento dos corais é um fenômeno que apresenta relação com variações ambientais, como grande incidência de luz, poluição, alteração na salinidade, acidificação, sedimentação e principalmente, o aumento da temperatura da água dos oceânos. Esse aumento pode ser causado por eventos sazonais, aquecimento global ou outras influências climáticas.

O branqueamento tem ocorrido em áreas aquecidas pelo fenômeno “El Niño”, mas também em locais e/ou anos não afetados por ele. Essa é uma questão preocupante para a preservação dos recifes de coral e a saúde dos ecossistemas marinhos.

Esse fenômeno pode levar à expulsão das zooxantelas ou à destruição de seus pigmentos fotossintetizantes, o que pode resultar na morte dos corais. Como os corais formam os recifes, danos a esses organismos podem ter impactos significativos nos ecossistemas marinhos.

Pesquisadores que acompanharam o fênomemo explicam que quando as zooxantelas afetadas por algum fator extremo param de realizar a fotossíntese e por consequência, param de fornecer energia aos corais, e começam inclusive a produzir toxinas, o coral entende que algo está errado com esses organismos simbiontes e passa a expulsá-las de seus tecidos.

Responsáveis pela coloração dos corais, após as zooxantelas serem expulsas, resta ao coral apenas a coloração branca do seu esqueleto.

Contudo, nesse estágio do fenômeno o coral ainda está vivo, branco translúcido mas com tecido sobre a estrutura cálcarea, mas deixou de se alimentar como antes ou de receber nutrição fornecida pela fotossíntese que as zooxantelas realizavam.

Assim, se os fatores que causaram a expulsão das zooxantelas não cessarem, para que elas possam novamente colonizar o coral, o próximo estágio será a morte do coral.

Isso é identificado quando o coral começa a ficar marrom e algas filamentosas tomam conta de toda a estrutura.

Os pesquisadores destacaram que o ano de 2020 foi o ano com o maior registro de branqueamento de corais a nível global. Esse fenômeno tem impactos significativos no ecossistema marinho, como já foi dito, afetando não apenas os corais, mas também a biodiversidade que depende desses recifes para sobreviver.

Nos oceanos uma reversão de tal fenômeno apresenta-se hoje como praticamente impossível e já se prevê uma redução significativa e até a extinção desses organismos em poucas décadas.

Já nos aquários o fenômeno também é registrado, mas é possivel corrigir os fatores que estejam causando o branqueamento. Normalmente é associado a falta de nutrição/iluminação/altas temperaturas corretos às zooxantelas.

Corrigindo a iluminação e oferecendo nutrição específica a essas algas o fenômeno é revertido rapidamente.

A fim de ajudar os aquaristas de recifes, a Australian Reef desenvolveu um almento específico para as zooxantelas que fornece todos os micro elementos necessário a esse tipo de bactéria e que normalmente não está disponível em quantidades significativas no aquário e se chama SYMBIOS, com resultados incríveis já descritos.

 

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Marcelo C. Jodar